11/04/2018

Quase mil mudas nativas são produzidas pela equipe do Projeto Taramandahy – Fase III

A ação visa a produção de 10 mil mudas até o final do Projeto

Dez mil mudas de plantas nativas da Mata Atlântica serão produzidas até o ano de 2020 pelo Projeto Taramandahy – Fase III. Desde dezembro de 2017 foram produzidas 934 mudas das espécies Pitanga (Eugenia uniflora); Cedro (Cedrella fissilis), Açoita cavalo (Luehea divaricata); Grandiuva (Trema micratha); Umbu (Phytollaca dioica), Palmito Juçara (Euterpe edulis), e Tarumã branco (Citharexylum myrianthum), sendo o Cedro e a Juçara espécies ameaçadas de extinção, “vulneráveis” em nível nacional (segundo Ministério do Meio Ambiente, 2014) e a segunda, também é  considerada “em perigo” no Rio Grande do Sul (Decreto nº 52.109 de 2014 - DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL).

Segundo o biólogo responsável pela ação, Rodrigo Gastal de Magalhães, além da produção de mudas e da coleta e beneficiamento de sementes e frutos, também foi realizada a manutenção dos espaços das sementeiras e dos viveiros de mudas. Um deles está localizado no Centro de Referências Ambientais, sede do Projeto Taramandahy e o outro, no Centro de Pesquisas Litoral Norte – Maquiné (antiga FEPAGRO). A atividade vem contribuir diretamente para a melhoria da qualidade da água, contemplando ainda a valorização da prática do viveirismo como alternativa de geração de renda de forma sustentável no ambiente rural.

As mudas estão sendo doados à escolas, agricultores, ou em feiras e eventos. No início de abril, M’Byás Guaranis da aldeia Tekoa Ka'aguy Porã de Maquiné, receberam vinte mudas de frutíferas. Está acertado com a Prefeitura de Maquiné, realização de assessoria técnica e disponibilidade de 600 mudas para recuperar a área de mata ciliar do Balneário Municipal. Também está programada a entrega de mudas e auxilio para revitalização do espaço externo da Escola Municipal de Educação Infantil Recanto Infantil, no mesmo município.

A maior parte das sementes com as quais são produzidas as mudas foram coletadas na região da Bacia do Rio Tramandaí e a outra parte é oriunda do estoque de sementes da Anama – Ação Nascente Maquiné. Deu-se preferência às nativas que auxiliam na recomposição da mata ciliar e às frutíferas que servem tanto para incentivo da fruticultura ecológica, como para alimentação da fauna nativa. O Projeto Taramandahy – fase III é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal.

As sementes coletadas para geração das mudas são: Cocão (Erythroxylum argentinum); Cangerana (Cabralea canjerana); Umbu (Phytollaca dioica); Guabirobinha (Campomanesia rhombea); Pau-leitero (Sapium glandulatum); Tarumã-Branco (Citharexylum myrianthum); Maria-mole (Guapira opposita); Ipê-da-várzea (Handroanthus umbellatus); Araçá-vermelho (Psidium catleyanum); Jaboticaba (Myrciaria trunciflora); Farinha-seca (Banara cf parviflora); Tanheiro (Alchornea triplinervia); Batinga (Eugenia rostrifolia); Açaí de Juçara/Palmito (Euterpe edulis); Quaresma (Annona rugulosa); Guaricana (Geonoma gamiova); Tucum (Bactris lindmaniana); Colubrina (Tabernamontana australis); Embaúba (Cecropia catarinenses); Guabiroba (Campomanesia xanthocarpa); Butiá (Catarinensis butiá); Guaricana (Geonoma schottiana); Murici vermelho (Byrsonima ligustrifolia); Tarumã-Branco (Citharexylum myrianthum); Aroeira vermelha (Schinus terebenthifolius); Inga feijão (Inga marginata); Louro-pardo (Cordia trichotoma); Gerivá (Syagrus rommanzoffianum); e Coentrilho (Zanthoxylum cf  caribaeum).

Fotos: Natavie Kaemmerer

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